terça-feira, 23 de agosto de 2011

O primeiro Bike Anjo (Parte 1)

Amigos, este é mais um relato. Desta vez é sobre a minha experiência fazendo o primeiro "Bike Anjo" aqui no Rio.
Espero que ele seja útil a todos que pensam em ser ajudados, espero também que sirva para as pessoas entenderem melhor o que é o projeto.
Será uma honra se servir de exemplo aos Bike Anjos iniciantes.

O pedido
Recebemos aqui no Rio - através do JP (Bike Anjo de Sampa) - um pedido de ajuda para pedalar, era a Mariana, ela desejava se deslocar diariamente de casa para a faculdade.


Na prática os pedidos são centralizados em São Paulo, onde o projeto nasceu e é a referência nacional. Estamos aqui no Rio nos organizando para receber os pedidos por aqui, mas isso é outra história.
O JP enviou o pedido aos voluntários do Rio e quem pôde se ofereceu a ajudar. No fim, por conta das disponibilidades, quem foi fazer o Bike Anjo foi eu.
No pedido, a pessoa já passa informações básicas, como origem, destino e horário desejado.

A confirmação
Após confirmada a disponibilidade, enviei e-mail à Mariana marcando data, horário e local.
Nesta confirmação segui todas as coordenadas da "Cartilha do Bike Anjo": antes de partir para a parte prática, indiquei as leituras sobre dicas no trânsito dadas no site do Willian Cruz (vá de bike), estas leituras são fundamentais à pessoa orientada, sem as quais não aconselhamos partir para a parte prática.

Reproduzo-as aqui:

Partindo para a prática
No dia marcado, liguei para a Mariana alguns minutos antes para confirmar, tudo certo.
Ao chegar lá, a Mariana me aguardava na portaria, já pronta e equipada.
Mais uma vez segui a cartilha: bati um papo inicial para levantar a experiência dela com bikes, as necessidades, dúvidas etc. Enfim, fiz uma anamnese.
Expliquei sobre o projeto, sobre nossa responsabilidade e a dela, dei todas as orientações teóricas iniciais: falei sobre a regulagem da bike, equipamentos obrigatórios e de segurança, como usar melhor a bicicleta (utilização das marchas), como se portar no trânsito e como seria feita a pedalada inicial. Verifiquei as regulagens da bicicleta (freios, marchas etc.), ensinei a regular o capacete e partimos para a parte prática.

A parte prática consiste inicialmente em dar umas pedaladas por perto para avaliar a pessoa pedalando, sua postura, segurança e experiência. Apenas após esta observação é que temos condições de avaliar se a pessoa está apta a andar no trânsito, ou mesmo no trajeto solicitado.

No caso da Mariana, o trajeto era bastante tranquilo, ela tinha um privilégio de poucos: pedalar 100% do trajeto na ciclovia (ou na faixa compartilhada, em alguns momentos).
Como o trajeto era de fato seguro e tranquilo, começamos a pedalar já na ciclovia. Orientei-a sobre o nosso posicionamento: para lhe dar mais segurança e poder observá-la, pedalava sempre um pouco atrás dela.
Chamei a atenção em especial para o respeito ao pedestre e à cordialidade com os outros e lá fomos nós.

Bem, para que o relato não ficasse muito longo, decidi dividi-lo, esta é apenas a primeira parte, em breve posto a continuação.
Ah! No próximo vou postar uma foto de nossa pedalada!

Até o próximo...

2 comentários:

  1. Parabéns, Robson.
    Fico muito feliz por existirem pessoas como você para ajudar os ciclistas inexperientes.
    Moro na Zona Norte do Rio, e tenho muito medo de pedalar nas vias próximas a minha residência, devido ao grande número de ônibus e kombis, e ausência total de ciclovias/ciclofaixas.
    Como também sou motorista, tenho ciência das incontáveis imprudências realizadas por estes veículos, então ainda não encontrei coragem de me expor no meio deste "trânsito selvagem"... rs

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  2. Olá Letícia,

    Obrigado pelo comentário.

    É muito comum as pessoas comentarem sobre o medo e o perigo de pedalar no trânsito, chamando a atenção sobre a falta de segurança.
    O que posso lhe dizer é que nós auxiliamos as pessoas a entender que a segurança não é algo que só depende dos outros, pelo contrário, depende muito mais de nós!
    Nossa experiência mostra que nossa atitude no trânsito é o principal fator de segurança. Quando respeitamos os outros, agindo com cordialidade e nos comunicamos com os outros motoristas, nossa segurança aumenta muito!
    Gosto de chamar a atenção para o fato de que nós não somos aventureiros ou suicidas, pelo contrário, somos muito prudentes! E por isso é que podemos defender que é possível pedalar com segurança no trânsito.
    Bem, se precisar de ajuda, é só nos chamar! Será um prazer ajudar!

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