Tenho tido retorno muito positivo das pessoas sobre a série "opinião do dono", pois parece que tem ajudado muita gente a decidir e tirar dúvidas sobre as dobráveis.
Já postei aqui 3 artigos sobre algumas dobráveis, escrito por quem tem uma. Como a seção é colaborativa e de utilidade pública, a opinião de todos é válida.
Eu recebi 2 artigos sobre a Blitz Alloy, o primeiro foi publicado há algum tempo e agora publico o segundo, demorou mas saiu, desta vez a opinião do companheiro de Blog André Schetino.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Bicicleta Dobrável BLITZ ALLOY - Avaliação - Review - Opinião do dono II
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Robson Combat
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domingo, 27 de maio de 2012
O passeio pró-ciclovia de 26/05/2012, como foi
Como vocês já devem ter visto, eu participei da organização e divulguei aqui o passeio que fizemos em 26/05/2012. Uma ação que visa chamar a atenção das autoridades, no Rio de Janeiro, sobre a necessidade de criação de uma infra-estrutura cicloviária na macro região de Laranjeiras.
Escrevo este post para falar como foi o passeio para quem não esteve lá.
A concentração no Largo do Machado é sempre um ambiente ótimo para conversas e contatos com muita gente boa. Além disso, tivemos presença da imprensa, que é muito importante para ajudar na divulgação da demanda. Estavam lá a Band e O Globo.
Veja a matéria publicada no G1. É verdade que a matéria deles não narrou corretamente o que foi o passeio, mas a divulgação em si já foi bem importante.
Várias pessoas e entidades importantes participaram: Passeio Completo, Cidades em Transição, Bike Anjo, Transporte Ativo, Moradores da Região, Cyclophônica e mais tantos outros que peço desculpas se omiti aqui.
Contamos cerca de 100 pessoas, entre ciclistas, pessoas que acompanharam e apoiaram o passeio.
De um modo geral, os motoristas foram bem educados e as pessoas ao longo do caminho perguntavam e apoiavam o movimento.
Seguimos pela rua das Laranjeiras, entramos no Parque Guinle, demos a volta continuamos, entramos na General Glicério, demos uma parada na Feira, voltamos às Laranjeiras, subimos até a praça do Bondinho no Cosme Velho, voltamos e finalizamos o passeio na Praça Ben Gurion, onde recolhemos assinaturas no abaixo-assinado solicitando a infra estrutura e onde pleiteamos que seja implantada uma estação do Bike Rio, já que o projeto original - de instalar na General Glicério - foi cancelado.
Esta foto é do álbum de Ciclovias Invisíveis, no Facebook.
Mais uma foto, da matéria que saiu no Jornal Metro Rio:
Veja ainda a Matéria que saiu no Jornal Band Rio.
Bem, está só mais uma ação de tantas que faremos até conseguirmos alcançar nosso objetivo, nós vamos continuar! Participe, apoie, mude o seu mundo!
Até o próximo...
Escrevo este post para falar como foi o passeio para quem não esteve lá.
A concentração no Largo do Machado é sempre um ambiente ótimo para conversas e contatos com muita gente boa. Além disso, tivemos presença da imprensa, que é muito importante para ajudar na divulgação da demanda. Estavam lá a Band e O Globo.
Veja a matéria publicada no G1. É verdade que a matéria deles não narrou corretamente o que foi o passeio, mas a divulgação em si já foi bem importante.
Várias pessoas e entidades importantes participaram: Passeio Completo, Cidades em Transição, Bike Anjo, Transporte Ativo, Moradores da Região, Cyclophônica e mais tantos outros que peço desculpas se omiti aqui.
Contamos cerca de 100 pessoas, entre ciclistas, pessoas que acompanharam e apoiaram o passeio.
De um modo geral, os motoristas foram bem educados e as pessoas ao longo do caminho perguntavam e apoiavam o movimento.
Seguimos pela rua das Laranjeiras, entramos no Parque Guinle, demos a volta continuamos, entramos na General Glicério, demos uma parada na Feira, voltamos às Laranjeiras, subimos até a praça do Bondinho no Cosme Velho, voltamos e finalizamos o passeio na Praça Ben Gurion, onde recolhemos assinaturas no abaixo-assinado solicitando a infra estrutura e onde pleiteamos que seja implantada uma estação do Bike Rio, já que o projeto original - de instalar na General Glicério - foi cancelado.
Esta foto é do álbum de Ciclovias Invisíveis, no Facebook.
Mais uma foto, da matéria que saiu no Jornal Metro Rio:
Veja ainda a Matéria que saiu no Jornal Band Rio.
Bem, está só mais uma ação de tantas que faremos até conseguirmos alcançar nosso objetivo, nós vamos continuar! Participe, apoie, mude o seu mundo!
Até o próximo...
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Robson Combat
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quinta-feira, 17 de maio de 2012
Em 26/05, passeio ciclístico pró-ciclovia em Laranjeiras
A gente faz um monte coisa para tentar fazer a nossa vida melhor.
Uma delas é tentar melhorar a vida das pessoas de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, fazendo barulho para conseguir criar uma infra-estrutura cicloviária na região.
Já fizemos várias coisas: passeio ciclístico, panfletagem, contagem de ciclistas e agora estamos fazendo mais um evento, mais um passeio ciclístico para chamar a atenção de todos para a demanda.
Vão estar presentes:
Concentração no Largo do Machado a partir das 11h, depois partimos para a feria na General Glicério, e de lá para a praça Ben Gurion (a praça do chafariz parado em frente ao Itaú). Lá teremos tendas temáticas e muito bate papo sobre bikes.
Tentaremos também chamar a atenção para a colocação de uma estação do Bike Rio nesta praça. Promessa não comprida do projeto.
Vá também e ajude a mudar o nosso mundo!
Nos vemos lá!
Até o próximo...
Uma delas é tentar melhorar a vida das pessoas de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, fazendo barulho para conseguir criar uma infra-estrutura cicloviária na região.
Já fizemos várias coisas: passeio ciclístico, panfletagem, contagem de ciclistas e agora estamos fazendo mais um evento, mais um passeio ciclístico para chamar a atenção de todos para a demanda.
Vão estar presentes:
Concentração no Largo do Machado a partir das 11h, depois partimos para a feria na General Glicério, e de lá para a praça Ben Gurion (a praça do chafariz parado em frente ao Itaú). Lá teremos tendas temáticas e muito bate papo sobre bikes.
Tentaremos também chamar a atenção para a colocação de uma estação do Bike Rio nesta praça. Promessa não comprida do projeto.
Vá também e ajude a mudar o nosso mundo!
Nos vemos lá!
Até o próximo...
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Robson Combat
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terça-feira, 8 de maio de 2012
A Lei Seca e as bicicletas elétricas - parte II
Este é um post de continuação, o anterior estava ficando longo...
Pois bem, uma vez que expus os detalhes técnicos das e-bikes, vou falar agora sobre a realidade sobre elas, sobre o dia a dia das cidades com estes veículos.
Estamos vivendo uma onda de "Eco-corretos", um monte de gente preocupada com o meio ambiente e pensando em ações em prol de uma vida mais saudável.
Eu sou um deles.
Mas como somos seres humanos, há distorções para tudo.
O veículos elétricos surgem num momento que há uma grande preocupação com o meio ambiente, muita gente vê estes veículos como uma alternativa de transporte motorizado que "polui menos" e se engaja na causa "Eco-correta".
As e-bikes vem neste bojo, reforçada pela ideia de que a bicicleta é uma ótima opção para melhorar a vida das pessoas nas cidades de hoje e de amanhã.
Então as e-bikes parecem perfeitas: duplamente ecológicas! Não é?
Bem, parte de nós brasileiros aprendemos que "é importante levar vantagem em tudo, certo?", e assim se viu uma ótima oportunidade de negócio nesta coisa de "bicicleta elétrica".
Eu tenho visto por aí empresas vendendo as e-bikes como o transporte do futuro: além de ser uma ótima "alternativa econômica", pois é uma "moto que não precisa de habilitação, não paga IPVA, e não consome combustível", está na moda, pois você "faz bem ao meio ambiente".
Que coisa linda!
Sobre fazer bem ao meio ambiente, já vimos que as baterias de chumbo são - na verdade - verdadeiros venenos (mas não se iluda, as de lítio também não amigas de Deus).
Confesso que - quando ouvi falar delas pela primeira vez - pensei:
- "Nossa, isso vai ser uma coisa boa, porque tem tudo para ser a transição de pessoas que gostariam de usar bicicleta como meio de transporte, mas não se sentem preparadas para pedalar! Começam com as e-bikes e aos poucos migram para as bicicletas!"
Eu até soube de gente que fez mesmo esta transição, mas isso é uma rara exceção. O perfil dos compradores das e-bikes é composto basicamente de (uma ou várias destas):
Outra: existem pesquisas que mostram que uma parcela irrisória das pessoas que usam bicicletas como meio de transporte, o fazem por causa do meio ambiente. Não tenho o número aqui, mas é algo próximo de 5%.
Se para as bicicletas o número é tão baixo, imaginem para as e-bikes!
Por conta disso o que temos visto aqui no Rio de Janeiro é o início de uma profusão destas e-bikes transgredindo todas as regras de boa convivência social:
Tomara que a imagem acima não inspire o prefeito a equiparar as e-bikes a pedestres!
Eu tenho visto muitas transgressões e desrespeitos, aliás, é difícil narrar alguma vez que vi uma e-bike numa situação regular! E nem estou sendo legalista, é apenas uma questão de convívio social e coletividade!
É cada vez mais comum eu estar andando na calçada com meu filho de 4 anos e dar de cara com uma destas, forçando para passar a uma velocidade incompatível com a via.
Reclamar?
Com quem? Com a prefeitura - ignorante - que acha que isso é bicicleta?
Baseado em que legislação?
Baseado em que princípio de convivência?
Bicicletas também andam nas calçadas - mesmo que consideremos que "não deveriam", mas na maioria dos casos, fazem por medo ou por insegurança de encarar péssimos motoristas. Entretanto, em quase todas as vezes que isso acontece é possível interagir com o ciclista e argumentar - caso se aplique, pois quase sempre a velocidade é mais compatível com a via.
Em contrapartida, em relação aos e-bikers, a observação é diferente: quase 100% deles anda na calçada, na contramão e CORRENDO! E pior: agora, com o decreto do prefeito (veja abaixo) que acha que ciclo-elétrico é bicicleta, eles creem que podem andar nas ciclovias!
Enfim, os usuários das e-bikes aqui no Rio de Janeiro estão abusando muito. Isso precisa ser regulado de verdade, tecnicamente. E punido!
Se encararmos que as e-bikes devem se portar como bicicletas, elas então devem andar na rua e na mão dos carros, e se encaramos que devem se portar como ciclo-elétricos devem andar nas ruas e na mão dos carros!
Portanto, a farra precisa acabar!
...
Enquanto escrevia este artigo, o prefeito do Rio de Janeiro publicou um decreto igualando as e-bikes às bicicletas. Tudo bem, a ignorância faz parte do ser humano, como já disse um amigo meu: "não se apoquente, burrice e ignorância é coisa que só dá em gente".
O link para o decreto e a notícia está aqui, mas em resumo: ele equipara estes ciclo-elétricos a bicicletas, de tração humana. Pelo decreto estas motonetas não podem passar de 20km/h nas ciclovias.
Mas ele esqueceu de dizer se teremos - a partir de agora - pardais nas ciclovias, ou se deveremos andar com nossos próprios radares de mão.
É uma pena, uma cidade que é "amiga da bicicleta" liberar o trânsito de motonetas em ciclovias.
Mas estamos em ano de eleições...
...
Depois de tudo isso você deve estar achando que eu sou contra as e-bikes, não é?
Bem, devo dizer sou contra encará-las como bicicletas, porque não são. As e-bikes tem motor. Ponto.
Por possuírem motor estão mais próximas de ciclomotores do que de bicicletas, que só são movidas por tração humana.
Sou também a favor de diferenciar os tipos de e-bikes: as aceleradas são claramente diferentes das assistidas, pois estas só andam quando pedaladas e possuem limitador de velocidade quando assistidas. Sou a favor de que tomemos como exemplo o que é feito na Europa.
Mas acima de tudo: sou contra encará-las como produtos ecologicamente corretos, pois também não são: a energia gasta para produção das baterias é grande e não se tem estudo definitivo provando que o gasto energético é "mais ecológico". Pelo contrário existem estudos em andamento que mostram o contrário.
As baterias são poluentes e não são recicláveis de fato, principalmente no Brasil. A baterias de chumbo então são lástimas, verdadeiros venenos.
Algo semelhante aconteceu com a indústria que achava - no passado - que o plástico seria a solução do futuro. Hoje sofre para saber o que fazer com as sobras.
Enfim, eu sou um ativista do compartilhamento, não da segregação, portanto acho que deve haver espaço para todos. Mas não podemos tapar o sol com a peneira, preparando o mundo apenas para o mais forte. O mundo não pode ser dos motores, deve ser das pessoas!
Há poucos dias me relembraram das frases de Mário de Andrade: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos" e "meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa".
Como ele, eu queria mesmo é me embrenhar nos conteúdos, não nos rótulos!
Até o próximo...
PS: Quer ver como o decreto é "democratista"? dê uma olhada nesta matéria do RJTV.
PS2: Agradeço mais uma vez às informações do Zé Lobo da T.A., do Arlindo, Cristiano e vários da lista da Bicicletada RJ. Que não necessariamente concordam com tudo que escrevo aqui, mas muito me ajudaram.
Pois bem, uma vez que expus os detalhes técnicos das e-bikes, vou falar agora sobre a realidade sobre elas, sobre o dia a dia das cidades com estes veículos.
Estamos vivendo uma onda de "Eco-corretos", um monte de gente preocupada com o meio ambiente e pensando em ações em prol de uma vida mais saudável.
Eu sou um deles.
Mas como somos seres humanos, há distorções para tudo.
O veículos elétricos surgem num momento que há uma grande preocupação com o meio ambiente, muita gente vê estes veículos como uma alternativa de transporte motorizado que "polui menos" e se engaja na causa "Eco-correta".
As e-bikes vem neste bojo, reforçada pela ideia de que a bicicleta é uma ótima opção para melhorar a vida das pessoas nas cidades de hoje e de amanhã.
Então as e-bikes parecem perfeitas: duplamente ecológicas! Não é?
Bem, parte de nós brasileiros aprendemos que "é importante levar vantagem em tudo, certo?", e assim se viu uma ótima oportunidade de negócio nesta coisa de "bicicleta elétrica".
Eu tenho visto por aí empresas vendendo as e-bikes como o transporte do futuro: além de ser uma ótima "alternativa econômica", pois é uma "moto que não precisa de habilitação, não paga IPVA, e não consome combustível", está na moda, pois você "faz bem ao meio ambiente".
Que coisa linda!
Sobre fazer bem ao meio ambiente, já vimos que as baterias de chumbo são - na verdade - verdadeiros venenos (mas não se iluda, as de lítio também não amigas de Deus).
Confesso que - quando ouvi falar delas pela primeira vez - pensei:
- "Nossa, isso vai ser uma coisa boa, porque tem tudo para ser a transição de pessoas que gostariam de usar bicicleta como meio de transporte, mas não se sentem preparadas para pedalar! Começam com as e-bikes e aos poucos migram para as bicicletas!"
Eu até soube de gente que fez mesmo esta transição, mas isso é uma rara exceção. O perfil dos compradores das e-bikes é composto basicamente de (uma ou várias destas):
- pessoas sem experiência em pedalar
- pessoas que "tem medo de andar de moto"
- pessoas que acham moto caro e precisa de habilitação
- pessoas que não estão de fato preocupadas com o meio ambiente
- pessoas que não seriam capazes de controlar habilmente uma bicicleta a 30 Km/h. Creiam, manter uma bicicleta em movimento a uma uma velocidade constante de 30Km/h não é tarefa para qualquer um!
Outra: existem pesquisas que mostram que uma parcela irrisória das pessoas que usam bicicletas como meio de transporte, o fazem por causa do meio ambiente. Não tenho o número aqui, mas é algo próximo de 5%.
Se para as bicicletas o número é tão baixo, imaginem para as e-bikes!
Por conta disso o que temos visto aqui no Rio de Janeiro é o início de uma profusão destas e-bikes transgredindo todas as regras de boa convivência social:
- Andam correndo na contramão
- Andam correndo sobre as calçadas
- Andam em ciclovias
- E acima de tudo: em velocidade acima da média dos outros modais em em seus respectivos meios
Elétrica: da ciclovia para a faixa de pedestres (imagem do RJTV).
Tomara que a imagem acima não inspire o prefeito a equiparar as e-bikes a pedestres!
Eu tenho visto muitas transgressões e desrespeitos, aliás, é difícil narrar alguma vez que vi uma e-bike numa situação regular! E nem estou sendo legalista, é apenas uma questão de convívio social e coletividade!
É cada vez mais comum eu estar andando na calçada com meu filho de 4 anos e dar de cara com uma destas, forçando para passar a uma velocidade incompatível com a via.
Reclamar?
Com quem? Com a prefeitura - ignorante - que acha que isso é bicicleta?
Baseado em que legislação?
Baseado em que princípio de convivência?
Bicicletas também andam nas calçadas - mesmo que consideremos que "não deveriam", mas na maioria dos casos, fazem por medo ou por insegurança de encarar péssimos motoristas. Entretanto, em quase todas as vezes que isso acontece é possível interagir com o ciclista e argumentar - caso se aplique, pois quase sempre a velocidade é mais compatível com a via.
Em contrapartida, em relação aos e-bikers, a observação é diferente: quase 100% deles anda na calçada, na contramão e CORRENDO! E pior: agora, com o decreto do prefeito (veja abaixo) que acha que ciclo-elétrico é bicicleta, eles creem que podem andar nas ciclovias!
Enfim, os usuários das e-bikes aqui no Rio de Janeiro estão abusando muito. Isso precisa ser regulado de verdade, tecnicamente. E punido!
Se encararmos que as e-bikes devem se portar como bicicletas, elas então devem andar na rua e na mão dos carros, e se encaramos que devem se portar como ciclo-elétricos devem andar nas ruas e na mão dos carros!
Portanto, a farra precisa acabar!
...
Enquanto escrevia este artigo, o prefeito do Rio de Janeiro publicou um decreto igualando as e-bikes às bicicletas. Tudo bem, a ignorância faz parte do ser humano, como já disse um amigo meu: "não se apoquente, burrice e ignorância é coisa que só dá em gente".
O link para o decreto e a notícia está aqui, mas em resumo: ele equipara estes ciclo-elétricos a bicicletas, de tração humana. Pelo decreto estas motonetas não podem passar de 20km/h nas ciclovias.
Mas ele esqueceu de dizer se teremos - a partir de agora - pardais nas ciclovias, ou se deveremos andar com nossos próprios radares de mão.
É uma pena, uma cidade que é "amiga da bicicleta" liberar o trânsito de motonetas em ciclovias.
Mas estamos em ano de eleições...
...
Depois de tudo isso você deve estar achando que eu sou contra as e-bikes, não é?
Bem, devo dizer sou contra encará-las como bicicletas, porque não são. As e-bikes tem motor. Ponto.
Por possuírem motor estão mais próximas de ciclomotores do que de bicicletas, que só são movidas por tração humana.
Sou também a favor de diferenciar os tipos de e-bikes: as aceleradas são claramente diferentes das assistidas, pois estas só andam quando pedaladas e possuem limitador de velocidade quando assistidas. Sou a favor de que tomemos como exemplo o que é feito na Europa.
Mas acima de tudo: sou contra encará-las como produtos ecologicamente corretos, pois também não são: a energia gasta para produção das baterias é grande e não se tem estudo definitivo provando que o gasto energético é "mais ecológico". Pelo contrário existem estudos em andamento que mostram o contrário.
As baterias são poluentes e não são recicláveis de fato, principalmente no Brasil. A baterias de chumbo então são lástimas, verdadeiros venenos.
Algo semelhante aconteceu com a indústria que achava - no passado - que o plástico seria a solução do futuro. Hoje sofre para saber o que fazer com as sobras.
Enfim, eu sou um ativista do compartilhamento, não da segregação, portanto acho que deve haver espaço para todos. Mas não podemos tapar o sol com a peneira, preparando o mundo apenas para o mais forte. O mundo não pode ser dos motores, deve ser das pessoas!
Há poucos dias me relembraram das frases de Mário de Andrade: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos" e "meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa".
Como ele, eu queria mesmo é me embrenhar nos conteúdos, não nos rótulos!
Até o próximo...
PS: Quer ver como o decreto é "democratista"? dê uma olhada nesta matéria do RJTV.
PS2: Agradeço mais uma vez às informações do Zé Lobo da T.A., do Arlindo, Cristiano e vários da lista da Bicicletada RJ. Que não necessariamente concordam com tudo que escrevo aqui, mas muito me ajudaram.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
A Lei Seca e as bicicletas elétricas - parte I
Há poucos dias ocorreu aqui no Rio de Janeiro uma situação inusitada: um rapaz que andava em uma "e-bike", também conhecida como "bicicleta elétrica", foi parado pela operação da Lei Seca e foi multado, além de ter seu veículo recolhido para o depósito.
Este artigo não é para falar sobre este acontecimento, para não ser enfadonho, vejam detalhes aqui, aqui e aqui.
Na verdade a ocorrência foi importante porque trouxe à tona uma discussão que mais cedo ou mais tarde deveria surgir:
- "e-bikes" devem ser encaradas como bicicletas ou como ciclomotores/ciclo-elétricos?
Tem havido muita discussão nas redes sociais sobre o tema. Alguns tantos defendem que "a bicicleta é um veículo legal e deve ser incentivado". Outros dizem que "isso não é bicicleta, deve haver uma legislação específica sobre isso".
Eu vou aqui expor meu ponto de vista, elucidando-o com algumas referências técnicas e com um pouco de minha observação e experiência. Mas antes vamos conhecê-las. Passarei a chamá-las de "e-bikes" e as bicicletas ... de bicicletas ;-).
Sobre a propulsão:
Em relação ao tipo de propulsão, existem 2 tipos de tipos de e-bikes: 1) As aceleradas. As que possuem acelerador, e funcionam portanto, como uma moto. 2) As assistidas. As que possuem apenas assistência elétrica na pedalada. Nestas, o motor só é acionado com a pedalada e funciona basicamente para auxílio em subidas.
As do grupo 1 são as que vemos aqui no Brasil. As do grupo 2 tenho poucas referências delas por aqui. Ouvi dizer que existem, mas "nunca vi, não comi, eu só ouço falar". Na Europa elas são chamadas de PEDELECS. Estas ainda possuem a vantagem de possuir a "velocidade controlada" (se ultrapassar uma velocidade X o motor é desligado e tração passa a ser só "humana").
As e-bikes do grupo 1 possuem pedal, de forma que podem também ser "pedaladas". Por isso é que há tanta discussão sobre o fato de serem ou não bicicletas. Posteriormente vou mostrar alguns modelos para que você pense sobre isso.
Existem ainda algumas motonetas com motor elétrico (não a combustão) que não podem ser chamadas de e-bikes ou bicicletas, porque não tem pedal. Estas estão excluídas desta análise.
Sobre as baterias:
Existe ainda um outro tipo de classificação das bicicletas elétricas: pelo tipo de bateria. Inicialmente elas eram de Chumbo, pesadas e perigosas, pois são venenosas. Hoje elas já estão sendo substituídas pelas de Lítio (que são melhores, mas também não são "de Deus", ok?).
As baterias de Chumbo são proibidas na Europa. Na China há muitos casos de morte por envenenamento. No Brasil não há uma legislação específica sobre isso.
Elas duram pouco e não há política correta para descarte, o que causa irremediavelmente contaminação e envenenamento. Estes problemas são MUITO GRAVES!
As baterias de Lítio são mais leves, tem maior durabilidade e causam um dano menor ao meio ambiente.
No Brasil ainda existem muitas e-bikes com baterias de Chumbo. Ou seja, perigo!
Sobre a estrutura:
Por conta do peso extra do conjunto bateria/motor/reforços, uma e-bike não consegue ter o peso de uma bicicleta, as e-bikes mais leves pesam mais de 20 Kg. É preciso pensar que o peso extra representa mais dificuldade para parar. Portanto uma pessoa acelerando uma e-bike a 30Km/h tem naturalmente muito mais dificuldade de pará-la do que uma pessoa pedalando uma bicicleta.
Sobre a Legislação:
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quando escrito não tratava ainda destes veículos com motor elétrico, portanto eles não estão classificados lá, o que causa até hoje muita confusão sobre como eles devem ser encarados.
Como a sociedade avança, muitas leis precisam se adaptar. No caso do CTB, quando há necessidade de alguma revisão, estas são feitas através de resoluções do CONTRAN, atualizando ou corrigindo o que é necessário acerca do CTB.
Portanto, atualmente o que há de resolução sobre as e-bikes foi elaborado através da resoluções 315/2009 e 375/2010.
Em resumo: elas determinam que estas e-bikes que possuem motor de até 4000W (ou seja, TODAS) e tem velocidade final ATÉ 50Km/h são encaradas como ciclo-elétricos, equiparando-os portanto aos ciclomotores, de forma que sua legislação deve ser a mesma dos ciclomotores.
Em suma: a legislação destes veículos deve ser igual à dos ciclomotores. Mas a resolução de 2010 transfere para os municípios a organização final de como eles devem ser tratados.
Sob o ponto de vista de alguns especialistas, enquanto um município não definir uma lei específica sobre as e-bikes, andar com elas deve ser proibido. (!)
Como o mundo das leis é bem mais obscuro do que o mundo real, algumas leis sofrem vista grossa das autoridades, assim, as pessoas vão acelerando as e-bikes enquanto as leis não vem e todo mundo fica quietinho em seu canto, até alguém ser cutucado.
No caso do Rio de Janeiro, qualquer veículo elétrico é proibido de circular nas ciclovias, mas muitas leis não são cumpridas ou mesmo são desconhecidas.
Porém, como o Rio de Janeiro é uma cidade amiga da bicicleta - o prefeito foi cutucado pela operação da lei seca multando o meliante que condizia uma e-bike (conforme links no início deste post) e hoje ele disse que na próxima segunda baixará um decreto tratando especificamente destas e-bikes.
Vamos ver o que vem por aí... Chega dar medo!
Bem, este post está grande a inda tenho bastante a falar, pois ainda não deixei clara minha opinião sobre elas. Portanto vou continuar este assunto na sequência.
Até lá...
PS: Você pode ler um pouco mais sobre o mesmo tema no Blog DE BIKE I e DE BIKE II. Sugiro principalmente a leitura do artigo no Blog da T.A.: Uma confusão elétrica.
PS2: Agradeço às informações do Zé Lobo da T.A., do Arlindo, Cristiano e vários da lista da Bicicletada RJ.
PS3: Para deixar uma imagem na memória, você acha que isso é uma bicicleta?
Quem vende, diz que é. Será que é porque tem "pedal"?
Este artigo não é para falar sobre este acontecimento, para não ser enfadonho, vejam detalhes aqui, aqui e aqui.
Na verdade a ocorrência foi importante porque trouxe à tona uma discussão que mais cedo ou mais tarde deveria surgir:
- "e-bikes" devem ser encaradas como bicicletas ou como ciclomotores/ciclo-elétricos?
Tem havido muita discussão nas redes sociais sobre o tema. Alguns tantos defendem que "a bicicleta é um veículo legal e deve ser incentivado". Outros dizem que "isso não é bicicleta, deve haver uma legislação específica sobre isso".
Eu vou aqui expor meu ponto de vista, elucidando-o com algumas referências técnicas e com um pouco de minha observação e experiência. Mas antes vamos conhecê-las. Passarei a chamá-las de "e-bikes" e as bicicletas ... de bicicletas ;-).
Sobre a propulsão:
Acelerador de uma e-bike
Em relação ao tipo de propulsão, existem 2 tipos de tipos de e-bikes: 1) As aceleradas. As que possuem acelerador, e funcionam portanto, como uma moto. 2) As assistidas. As que possuem apenas assistência elétrica na pedalada. Nestas, o motor só é acionado com a pedalada e funciona basicamente para auxílio em subidas.
As do grupo 1 são as que vemos aqui no Brasil. As do grupo 2 tenho poucas referências delas por aqui. Ouvi dizer que existem, mas "nunca vi, não comi, eu só ouço falar". Na Europa elas são chamadas de PEDELECS. Estas ainda possuem a vantagem de possuir a "velocidade controlada" (se ultrapassar uma velocidade X o motor é desligado e tração passa a ser só "humana").
Painel de uma e-bike estilo PEDALEC
As e-bikes do grupo 1 possuem pedal, de forma que podem também ser "pedaladas". Por isso é que há tanta discussão sobre o fato de serem ou não bicicletas. Posteriormente vou mostrar alguns modelos para que você pense sobre isso.
Existem ainda algumas motonetas com motor elétrico (não a combustão) que não podem ser chamadas de e-bikes ou bicicletas, porque não tem pedal. Estas estão excluídas desta análise.
Sobre as baterias:
Existe ainda um outro tipo de classificação das bicicletas elétricas: pelo tipo de bateria. Inicialmente elas eram de Chumbo, pesadas e perigosas, pois são venenosas. Hoje elas já estão sendo substituídas pelas de Lítio (que são melhores, mas também não são "de Deus", ok?).
As baterias de Chumbo são proibidas na Europa. Na China há muitos casos de morte por envenenamento. No Brasil não há uma legislação específica sobre isso.
Elas duram pouco e não há política correta para descarte, o que causa irremediavelmente contaminação e envenenamento. Estes problemas são MUITO GRAVES!
Bateria de Chumbo
As baterias de Lítio são mais leves, tem maior durabilidade e causam um dano menor ao meio ambiente.
Bateria de Lítio
No Brasil ainda existem muitas e-bikes com baterias de Chumbo. Ou seja, perigo!
Sobre a estrutura:
Por conta do peso extra do conjunto bateria/motor/reforços, uma e-bike não consegue ter o peso de uma bicicleta, as e-bikes mais leves pesam mais de 20 Kg. É preciso pensar que o peso extra representa mais dificuldade para parar. Portanto uma pessoa acelerando uma e-bike a 30Km/h tem naturalmente muito mais dificuldade de pará-la do que uma pessoa pedalando uma bicicleta.
Sobre a Legislação:
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quando escrito não tratava ainda destes veículos com motor elétrico, portanto eles não estão classificados lá, o que causa até hoje muita confusão sobre como eles devem ser encarados.
Como a sociedade avança, muitas leis precisam se adaptar. No caso do CTB, quando há necessidade de alguma revisão, estas são feitas através de resoluções do CONTRAN, atualizando ou corrigindo o que é necessário acerca do CTB.
Portanto, atualmente o que há de resolução sobre as e-bikes foi elaborado através da resoluções 315/2009 e 375/2010.
Em resumo: elas determinam que estas e-bikes que possuem motor de até 4000W (ou seja, TODAS) e tem velocidade final ATÉ 50Km/h são encaradas como ciclo-elétricos, equiparando-os portanto aos ciclomotores, de forma que sua legislação deve ser a mesma dos ciclomotores.
Em suma: a legislação destes veículos deve ser igual à dos ciclomotores. Mas a resolução de 2010 transfere para os municípios a organização final de como eles devem ser tratados.
Sob o ponto de vista de alguns especialistas, enquanto um município não definir uma lei específica sobre as e-bikes, andar com elas deve ser proibido. (!)
Como o mundo das leis é bem mais obscuro do que o mundo real, algumas leis sofrem vista grossa das autoridades, assim, as pessoas vão acelerando as e-bikes enquanto as leis não vem e todo mundo fica quietinho em seu canto, até alguém ser cutucado.
No caso do Rio de Janeiro, qualquer veículo elétrico é proibido de circular nas ciclovias, mas muitas leis não são cumpridas ou mesmo são desconhecidas.
Porém, como o Rio de Janeiro é uma cidade amiga da bicicleta - o prefeito foi cutucado pela operação da lei seca multando o meliante que condizia uma e-bike (conforme links no início deste post) e hoje ele disse que na próxima segunda baixará um decreto tratando especificamente destas e-bikes.
Vamos ver o que vem por aí... Chega dar medo!
Bem, este post está grande a inda tenho bastante a falar, pois ainda não deixei clara minha opinião sobre elas. Portanto vou continuar este assunto na sequência.
Até lá...
PS: Você pode ler um pouco mais sobre o mesmo tema no Blog DE BIKE I e DE BIKE II. Sugiro principalmente a leitura do artigo no Blog da T.A.: Uma confusão elétrica.
PS2: Agradeço às informações do Zé Lobo da T.A., do Arlindo, Cristiano e vários da lista da Bicicletada RJ.
PS3: Para deixar uma imagem na memória, você acha que isso é uma bicicleta?
Quem vende, diz que é. Será que é porque tem "pedal"?
Postado por
Robson Combat
às
07:21
2
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