sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O primeiro Bike Anjo (Parte 2 - final)

Para quem não sabe, este post é a continuação do relato do primeiro Bike Anjo que fiz aqui no rio).

Depois de toda a orientação teórica inicial, partimos para o pedal. A Mariana estava ansiosa, apreensiva e animada, pois há muito não pedalava e se sentia muito insegura de fazê-lo. Ela tinha seus motivos que não cabe narrar aqui; o fato é que ela precisava desta ajuda.

A ida
Entramos na ciclovia lá no Humaitá. Esta parte da ciclovia é muito interrompida por semáforos, o que de fato foi bom, pois me deu muitas oportunidades se relatar as coisas à medida que as via, como ciclistas andando na contramão quase atropelando pedestres e outros males da cidade.

Paramos nos 3 semáforos até chegar à área mais contínua da ciclovia, já na Lagoa e fui orientando-a à medida que pedalava: seguia atrás dela, numa distância em que era possível me comunicar, ao mesmo tempo em que a deixava livre para alguma reação mais rápida em caso de emergência.
Durante a pedalada, falava sobre como agir em cada caso: um ciclista lento à sua frente, mães com crianças, pedestres da via (pois era uma via compartilhada),  ciclistas no sentido oposto, trechos apertados, ciclistas pedindo passagem vindo de trás etc. Em cada caso um comentário e uma ação a ser tomada.

Fiz questão de fazer o trajeto num ritmo que não a cansasse e não a deixasse insegura em relação a nada e tudo correu bastante bem.

A chegada ao destino
O trajeto em que ela solicitou ajuda previa a chegada na sua faculdade, na Lagoa, que fica na própria Epitácio Pessoa, à beira da ciclovia, mas a entrada era pela rua de trás. Como ela ainda não estava preparada para andar no trânsito, ao chegarmos à frente da faculdade, descemos das bicicletas, atravessamos o semáforo e as levamos empurradas, até a porta da faculdade.

Ao chegar lá orientei-a sobre os possíveis locais e formas de prender a bicicleta, de modo que ficasse segura e não atrapalhasse o trânsito das pessoas. Estudamos os locais possíveis, mostrei como prendê-la e conversamos um pouco para ter o feedback dela sobre o trajeto.
Nos preparamos para voltar.

A volta
Quem conhece um pouco a região sabe que a ciclovia circunda a Lagoa, de forma que seria possível voltar ao destino seguindo pelo outro lado. Fiz a sugestão a ela, pois seria uma forma de deixá-la mais segura nos 2 trajetos possíveis. E ela topou!

Fizemos o mesmo: voltamos empurrando as bikes até a ciclovia. Nesta ocasião, informei a ela que quando estivesse se sentindo mais segura e desejasse pedalar na rua, que nos chamasse novamente que lá estaríamos para ajudar.

A Mariana já estava bem mais relaxada e o pedal na volta fluiu bem: voltamos pelo lado do Leblon e Jardim Botânico, o pedal já fluía em tom de bate papo e menos em tom de orientação, pois a Mariana já estava se sentindo bem mais à vontade. Apenas chamei atenção sobre alguns pontos mais críticos e a volta fluiu como um bom passeio.

Ao final chegamos à casa da Mariana cerca de 2 horas depois da saída. Ao fim de tudo o melhor: a satisfação da ajuda e a alegria que vi nos olhos da Mariana pela sua superação.
Isso de fato não tem preço, não há dinheiro que pague!

Conforme prometido, e com a devida autorização dela, abaixo a foto de nosso pedal:



Mariana, parabéns!

Até o próximo...

2 comentários:

  1. Maneiríssimo. Não vejo a hora de anjar também! :)

    []s

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  2. Nighto,

    Obrigado!
    Em breve a turma do Rio vai "pegar pesado", estamos começando a atender os pedidos pendentes, é só se oferecer!

    Um grande abraço!

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